Há que documentar o vazio. Agora também em mármore!
dubois@aeiou.pt

segunda-feira, agosto 25, 2003

Chaos sem agá!...

Flores murchas, putrefactas e queimadas pelo sol. Leite derramado, com pedaços de negro. Sol avermelhado, com sangue a respingar. Vinho sobre os corpos pegajosos. Uma luz pálida que entra envergonhada pela janela, de noite. Luz que dá contornos lunares aos corpos nus. Luz que empalidece as caras e que torna os sentimentos crus. O lunar acompanhados por musica de camara. Sombrio e belo. Os poucos humanos que se guiam no escuro. Juntos na sua solidão. O cliché ocasional. O acto de nascimento a ser revertido. Dois cães malhados de louça olham com atenção.

Dois sóis, uma lua. A convivència dos astros todos visíveis simultaneamente. Um lunático que me pisca o olho, um psicopata que me ameaça, uma faca na garganta. Um salto para o escuro, através de um espelho inverso. Duplicada realidade. Um mundo em tons de azul gasto. Pedaços de realidade num monte, com contornos indecifráveis.Enfim, todas as coisas que nos fazem viver e sentir o fluir do éter
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Um ponto fora do sítio, um erro hortográfico, um link que nao existe... A falha que demonstra a minha humanidade. Egocentrismo num saco de pano. Não é possível apresentar a página. Antigo e gasto. De apertar com corda.

O simultâneo. O alpha e o omega. Um relógio de pulso com quatro ponteiros. Doze barcos iludidos por um falso farol.

Um conjunto de pessoas a falar de ideias de grupo. A estupidificação individual. Uma infinidade de escolhas que os aprisionados ignoram. Os conteúdos que me são trazidos numa bandeja.

Nada.