Papel celofane e cascas de banana...
Não fora aquele pensamento veloz que me avisou que o senhor era extremamente pobre, e eu pensaria de imediato de que se tratava de um daqueles freaks do revivalismo. Mais como um taxista benfiquista de 1982. Só que mais doente e com menos capacidade de locomoção. A minha mente brincava com imagens fractais de imaginação, que ligava aquele homem a uma vida excitante à margem da sociedade, com a sua tribo ali por trás das torres da Avenida Elísio de Moura. Apenas vindo à cidade 3 vezes por mês, buscar arroz e registar o totoloto. Tinha uma cabra que associava ao deus Sol pela imensa bondade com acariciava a sua prol. Não... Nada disso, disse outro pensamento que chegou um pouco atrasado. O homem é pobre e quando começar a falar, esse pensamento desaparece como fumo de cigarro num infantário. Os video musicais e esta pop-art (15 minutos, caralho, só te aguentas 15 minutos escrito a rosa-choque) distorcem a realidade. Andy Warhol nunca foi muito bom a ver as horas.
PS: As más línguas dizem também que Stephen Hawking ainda nem se habitou bem ao PDF...
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