Há que documentar o vazio. Agora também em mármore!
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segunda-feira, novembro 17, 2003

Raspando a superfície com uma moeda

Se nos tirarem a roupa, os adornos, os livros, as revistas cor-de-rosa, os jornais desportivos, internet, pornografia, televisão, mac-rádios, bebidas alcoólicas, dinheiro, automóveis, as perspectivas de uma viagem às ilhas tropicais (figueira da foz com mais palmeiras e escravos que te trazem merdas num coco), telefones, computadores, moradias com cerca e um cão, mobílias de designer (vulgo assimétricas e verniz às cores), cinema, DVDs, música, casas de banho privativas, papel higiénico pré-humido, vinagre com sabor de frutas tropicais, restaurantes exóticos (chef francês ou de nome impronunciável), garagem para 3 carros, todo o terreno com motor de 5 litros, a TV de um metro de diametro e todos as fantasias sexuais reprimidas, não somos mais do que um grupos de hienas na savana.