Há que documentar o vazio. Agora também em mármore!
dubois@aeiou.pt

quinta-feira, novembro 13, 2003

Quando os extremos se tocam
Relatos de duas biografias que se afastaram tanto uma da outra, que se encontraram do outro lado.

Estava eu entretido a ler o meu mail quando deparo com mais um spam de um blog chamado "trombadinhas". Penso que todos os meus excelsos colegas que perdem tempo util a escrever merdas em blogs o conhecem. Li aquilo que era a entrevista com uma miúda qualquer cujo mote do seu blog é a propagação aos 4 ventos da sua virgindade. Pensei para mim "Que merda é esta? Pffff... Nem vou perder tempo a ler isto". Obviamente que fui logo lá direitinho. Li aquilo que me pareceu ser um misto de texto da Ragazza e o depoimento do Paulo Portas no tribunal aquando do caso Moderna. Fiquei tão arrepiado com tamanha devassidão que pensei de imediato ser obra de Satanás. Fui logo pegar na minha cópia da biografia de Isabel Báthori e agarrei-me aquelas palavras de purificação para não me perder por estes caminhos negros viciantes e, obviamente, más influências. Passo a transcrever o excerto para iluminar meus estimados leitores sem sono ou com pouca vontade de trabalhar.
"(...)
Um dos tios de Isabel era um reputado adepto dos rituais de adoração satânica, a sua tia Clara era uma conhecida bissexual que adorava torturar os servos, e o seu irmão, Estêvão, um bêbado devasso. Muitos membros da família manifestavam sintomas de epilepsia, loucura e outras perturbações psicológicas. Ainda criança, Isabel tinha um comportamento indomável e era propensa a ataques de raiva.
(...)"

Amen