Ciclo de Spin
Era uma vez um blogue. Um blogue politicamente correcto que até as baleias queria salvar, imaginem! Envolvido no seu grande pedaço de banalidade, lá ia trocando comentários de outros blogues politicamente correctos. Trocavam banners, testes, beijinhos e merdas que não lembra ao Diabo (itself). Uma vez, a meio de uns minutos de escrita, surripiados ao trabalho, ficou com um testículo preso entre a cadeira e a perna. Não se apercebendo do microfone ligado, desatou a disparatar caralhadas a meio mundo. Como um distribuidor de estrume acabado de explodir, este blogue olhou incrédulo para os outros. Com a cara cheia de merda fumegante não se notou o rubor facial. Os amigos dos golfinhos olharam-no com desprezo, levantaram o nariz e puseram-se a milhas do nosso amigo blogue. Não tendo nada a perder, começou a manda-los todos para a puta que os havia parido e a ordenar-lhes que enfiassem objectos pouco anatómicos recto acima. Com vontade de enfiar uma bala entre os olhos de todos os pandas que se recusassem a foder para garantir a descendência (copyright), perdeu o controle e pensou "Que se foda, aqui vai disto!".
Novos amigos começaram a aparecer e o blogue finalmente encontrou a paz de espírito (o seu cantinho no cyber-coiso) e por fim sentiu-se bem a saltitar na praia, ao por do sol, a apedrejar gaivotas e mijar nas ondas.
Meses depois, deu por si no hospital, todo emaranhado em ligaduras e com metade dos dentes, de uma carga policial durante uma manifestação de qualquer coisa. Infelizmente, a quantidade de drogas que transportava não permitiu que fossem consideradas para consumo próprio. À sua espera tinha 6 meses de prisão e um bando de quatro tipos de Chelas com quem repartir a cela.
Voltado a casa, ligou o PC, acedeu à Internet e apagou o blogue.
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