Há que documentar o vazio. Agora também em mármore!
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quinta-feira, junho 26, 2003

Notícias frescas do caso "Casa Pia"

Nunca um título me soou tão estranho. Adiante... Diz "O Crime"desta semana (a que nos habituámos a chamar a fonte da verdade) que um antigo funcionário do SIS confessou a Pedro Namora que o caso não se fica pela pedofilía, também tem uma importante componente de tráfico de orgãos. Portugal é um país propício a estas coisas, estamos perto do mar, temos o contrabando nos genes, etc. Mas o que me deixa ficar perplexo é este novo tipo de tráfico. É de todos sabido que temos grandes redes organizadas de tráfico de clarinetes, acordeãos ou mesmo de gaitas de foles modificadas, mas a componente de tráfico de orgãos vem agitar as águas do tráfico nacional. Tudo bem que um orgão não tem a importância de um piano, mas mesmo assim é algo que pode afectar a toda a nossa tradição como honestos comerciantes de instrumentos musicais.
Ficaremos então à espera do que irá dizer o Ministro da Cultura que até agora só anunciou aos média que está confuso e precisa de decidir. Presume-se que Pedro Burmester poderá estar a usar a Casa da Música para fazer contrabando de pianos usando como máscara o coro de Santo Amaro de Oeiras. Dada a complexidade do caso, Durão Barroso encomendou já a uma empresa americana um grupo de hipnotistas, sete macacos amestrados e um cão que joga xadrez.
Quando confrontado com os jornalistas acerca do que iria fazer a marinha para acabar com o contrabando, Paulo Portas disse que era tradição e não se podia fazer nada em relação a isso. Seria como acabar com as touradas ou os arrumadores de automóveis... Alegadamente, claro!