É a agonia do vício, senhor! O desejo que me corroi as entranhas...
A máquina de café está avariada... Que destino cruel o meu, obrigado a caminhar léguas sem destino para ser mal atendido no café da esquina, maltratado pelo meu vício, marginalizado como um cão esfomeado cujas costelas constroem acolchoadas colinas de pulgas.
A máquina do café continua ali, avariada. Ouço um riso doentio de escárnio que vem de dentro dos seus tubos. As manchas esbatidas que se encontram entre a minha retina e a lente dos óculos aumenta, qual cavaleiro do apocalipse aproximando-se a galope. E a máquina solta gargalhadas... E continua avariada, a puta!
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