Há que documentar o vazio. Agora também em mármore!
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quinta-feira, janeiro 29, 2004

Desenquadramentos

Numa ruminância estranha, conduzo ausente. Por momentos o ambiente urbano é substituído pela velha estrada do campo, ladeada de árvores de folhas largas e ramos compridos e frondosos. Por momentos sinto os raios intercalados de sol a programar-me o cérebro como um estranho código de barras. Por momentos sinto-me absorvido pela cortada luz imaginária e não deixo de pensar nos putos japoneses que tiverem ataques epilépticos a ver o Pokemon nos saudosos anos 90. Volto à realidade mesmo a tempo de evitar uma idosa incauta que se lembrou de atravessar na diagonal o maior cruzamento da cidade.