Há que documentar o vazio. Agora também em mármore!
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quinta-feira, março 04, 2004

Vox Pop
abortivus internecio (ou lá o que é)

Desde a invenção do astrolábio que as coisas mudaram. Este conceito de difícil compreensão e de quase impossível assimilação foi trazido à luz por um famoso investigador prussiano pertencente ao poderoso grupo de influência Kamarilla algures no escaldante verão de 1845. O rei, não contente com o facto de ter gasto ouro no valor de mais de 3 colheitas a financiar esta investigação, pergunta se o investigador pode aprofundar melhor esta conclusão. Irado com o rei, o investigador protesta por não ter culpa que os ventos e o Inverno frio tenho destruído o seu equipamente científico, que consistia em melhoramentos mecânicos de alguns papiros semi-queimados de Alexandria. O rei manda-lhe cortar a cabeça. Um assessor do rei lembra-o discretamente que a pena de morte havia sido abolida e que, além disso, era preciso um julgamento para o fazer, e apenas no caso de o veredito do juiz ser nesse sentido, por sugestão do juri, que teria que ser escolhido entre os homens da nobreza através de um sorteio aleatório. E além disso o responsável por esse processo estava de férias em Marrocos onde havia sido preso por uma semana ao ser apanhado na cama com uma filho de um Xá qualquer que na altura se fazia passar por camponesa síria à procura do seu marido emigrante desaparecido. O carcereiro estava de baixa e, por morar num lugar remoto, teve que ser assistido por um médico a 500 km de casa. Só ele poderia assinar os papéis de saída do responsavel por escolher o juri para ajudar o juíz a julgar o investigador que se tinha aproveitado para fins pessoais de uma verba pública para investigação e fortalecimento do orgulho prussiano. Foda-se!!!... disse o rei. Empresta-me aí a espada que eu depois faço um decreto de lei.