O demónio e os irmãos Grimm
Passeava Paulo Coelho na margem de um belo lago, coçando a barba e admirando o seu reflexo nas límpidas águas, quando lhe aparece um demónio.
- Boa tarde Paulo, tudo bem?
- Vai-se andando, demónio. Sabes como é, os ossos já não são o que eram e...
- Pois, pois... Olha Paulito, não leves a mal, mas trago-te aqui umas coisas. É uma revista do círculo de leitores e a Ana Mais Atrevida. Sabes, o pessoal já está um pouco farto dessa merda mística e era para ver se mudavas um pouco de ares. Sei lá, mais violência e sexo... Coisas assim.
- Hã? Mas?...
- Sabes, eu sou apenas demónio em part-time. Sou também responsável de limpeza da Bertrand e o vomitado nas estantes de demonstração tem-se demonstrado algo prejudicial para o negócio.
- Epá! Desculpa, mas não admito que...
- Sou apenas o mensageiro, miúdo. Vou andando. A gente vê-se depois lá em baixo.
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